[Primeiro do ano, com o que deve ser prioridade durante o ano todo]
Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê. I João 4.20
O apostolo João escreve esse capitulo em sua epístola numa
entonação cálida. Ele nos apresenta de forma incontestável o amor de Deus.
Exorta-nos a amarmos uns aos outros, a ampararmos nossos irmãos e a qualquer
pessoa necessitada.
Temos que ter em mente que a essência do verdadeiro amor
está no sacrifício de oferecermos tudo o que temos ao próximo e podermos fazer
tudo por ele. Até mesmo entregarmos o sacrifício de nossa própria vida, se
preciso for.
Se amamos a Deus, não podemos desprezar a quem Ele ama e
criou à sua imagem e semelhança, como nós também fomos criados. Como posso eu
declarar meu amor a Deus, quando
maltrato meu semelhante? Seria no mínimo um paradoxo inexplicável e para Deus
uma inaceitável hipocrisia.
Vemos muitas pessoas nas igrejas exercitando sua fé,
louvando, declarando seu amor a Deus e o desejo de cumprir Sua Perfeita
Vontade. Mas na pratica da vida, do cotidiano, em nada mostram seu amor a Deus
ou cumprem a Palavra que Cristo pregou e ratificou – o que já havia sido
declarado pelos profetas - que o maior
dos mandamentos é amar a Deus e ao próximo. Porque quem ama ao próximo,
inegavelmente está amando a Deus.
Não podemos negar que há uma discrepância entre dizer-se
adorador e amar a Deus e não acolher o seu próximo. Quando digo ‘próximo’, não
me refiro a parentes, amigo e irmão da igreja ou da fé. Claro que estes também
são o nosso próximo, mas lembro do que disse Jesus: “se amardes aos que vos amam
que recompensa tereis?" - nesta passagem Ele nos exorta a amarmos até nosso
inimigos, que dirá daqueles que não são nossos inimigos.
Amar a todos indistintamente! Como podemos nos sentar à mesa
e nos saciarmos quando vemos nossos semelhantes com fome? Como podemos pensar
em acumular riquezas materiais tão somente úteis para esta vida terrena, quando
muitos não têm onde morar? É de todo o contraste imenso daquele que diz amar a
Deus, parar em um semáforo com seu carro luxuoso e um pequeninho lhe pedir algo
para comer e este agir com indiferença.
Então vêm os pensamentos que querem nos deixar no engano,
como: “mas eu não posso mudar o mundo; isso é com o governo, eu pago impostos;
um trocado que eu der ou um preto de comida não vai resolver todos os
problemas...” e então permanecemos paralisados no conformismo. É pensando assim
que tudo que é mau se alastrou. Se cada um fizer uma pequena parte, tudo será
melhor. O prato de comida que podemos dar ou uma cesta básica já matará a fome
de alguns, ajudaremos a cuidar das criaturas do Senhor.
Estes que dizem ter fé e amar a Deus e nada fazem pelo seu
próximo, eu digo: em nada amam. Apenas se apoiam no legalismo das palavras de
fé, estão escondidos dentro de suas individualidades que, como grandes
muralhas, não deixam que os raios de luz do sol da justiça de Deus e a
claridade do Seu Amor cheguem aos seus corações.
Como declara o apostolo Tiago: “ Porque, assim como o corpo sem espirito é morto, assim,
também a fé sem obras é morta”.
Então...mãos a obra! Lembre-se de que nossa maior riqueza
não está aqui, mas na morada que um dia haveremos de herdar com Jesus. Faça não
por querer contabilizar boas ações nas ordens celestiais, mas faça unicamente
por AMOR!
(Fares A. Abdalla - Caminhando com Deus)
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